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01-Documentação de Contexto.md

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Introdução

De acordo com dados divulgados pelo IBGE (2020), por intermédio de pesquisas realizadas pela Pesquisa Nacional de Saúde, mais de 150 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamentos médicos e odontológicos. Desta forma o SUS é a principal via de acesso à medicina para grande parte dos cidadãos que não possuem qualquer tipo de plano de saúde suplementar. Logo, nota-se a importância de iniciativas que promovam soluções de telemedicina a fim de contribuir com o alcance e agilidade no atendimento para que o maior número de pacientes possa se beneficiar de tal recurso. Lottenberg, Silva e Klajner (2019), descrevem e referem-se a telemedicina

No campo prático, essas tecnologias se desdobram na implementação de prontuários eletrônicos unificados, nas muitas formas de monitoramento e cuidados de saúde a distância (telemedicina); no ganho de maior precisão nos diagnósticos, nas intervenções e na capacidade de dar atendimento mais rápido a quem chega a um pronto-socorro. Ganha o paciente, com a redução de tempo, com cuidado personalizado e com maior segurança; ganham os profissionais de saúde, que conseguem aumentar a taxa de sucesso dos tratamentos, e também o sistema de saúde, ao tornar mais racional o uso dos recursos.
(LOTTENBERG, Claudio et.al, 2019, p.7).

Além dos benefícios descritos, a telemedicina contribui para o isolamento social em contexto de pandemia como ocorrido em 2020 devido a propagação do vírus da covid-19, tal ocorrência acarretou a aprovação da Lei nº 13.989 e atualmente regulamenta a telemedicina no Brasil, a medida adotada evita o esgotamento de serviços presenciais de saúde e a proliferação da doença.

Nesse sentido, podemos citar o Conecte SUS que é um aplicativo do Ministério da Saúde que registra toda a trajetória de quem busca atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). A ferramenta utilizada tem como uma das funcionalidades mostrar dados sobre atendimentos e internações do paciente, permite a consulta de medicamentos, exames feitos, agendamento de consultas na rede pública de saúde e acesso à Carteira Nacional Digital de Vacinação para que usuários do SUS consultem todas as vacinas aplicadas nas redes pública e privada, entre elas, a da Covid-19. (GOVERNO DO BRASIL, 2022). O Conecte SUS tem sido um instrumento importante para a saúde pública, pois faz junção da tecnologia com o atendimento médico e assistencial de saúde no país.

A praticidade do modo híbrido tende a continuar presente em nossa rotina, e alinhar o SUS aos avanços da saúde digital, será fundamental para modernizar e aperfeiçoar um sistema que, conforme a Secretaria do Estado de Saúde (2015), é referência mundial em saúde pública. “[...] no futuro, com a melhora da tecnologia de comunicação e a diminuição do custo dos equipamentos, acreditamos que a telemedicina se tornará parte do cotidiano dos serviços de saúde em nosso país.” (SOIREFMANN et.al, 2008, p.118).

Por fim, destaca-se o quão importante tem sido a telemedicina, principalmente em cenários de crise, em que a ferramenta tecnológica se faz presente, atuante e necessária para o atendimento de milhões de brasileiros que dependem do sistema público de saúde e assistência médica de forma acessível, ágil e efetiva.

Problemas

  • Deslocamento de habitantes de áreas rurais e/ou que residem afastados de centros urbanos e hospitalares;

  • Pacientes com mobilidade reduzida e/ou locomoção inviável;

  • Acessibilidade restrita;

  • Demora, atrasos e dificuldade nas entregas e/ou realização de exames/consultas;

  • Risco de contaminação devido a demanda nas filas de espera.

Objetivos

O objetivo geral deste trabalho é propiciar maior agilidade nos atendimentos fornecidos pelo sistema público de saúde, a fim de reduzir o tempo de espera em filas, risco de contaminação de doenças transmissíveis pelo ar, prover acesso ao sistema de saúde a populações rurais e remotas, bem como a disponibilização de horários para pessoas com mobilidade reduzida e demais pacientes que necessitam retornar ao médico e/ou realizar agendamento de consultas.

Objetivos específicos

  • Reduzir o tempo de espera para atendimento;

  • Reduzir o fluxo de pessoas que se dirigem aos postos de saúde para agendar consultas;

  • Agilizar as entregas ou realização de exames/consultas;

  • Estabelecer comunicação entre os profissionais de saúde e pacientes;

  • Auxiliar pessoas com mobilidade reduzida;

  • Equilibrar o número de pessoas atendidas diariamente conforme a demanda apresentada

Justificativa

Em 2019 o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), divulgou o resultado da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS) em convênio com o Ministério da Saúde, no qual demonstra que grande parte da população brasileira depende do sistema público de saúde, o que ocasiona sobrecarga nos atendimentos e superlotação nos postos e hospitais. Os motivos de procura de atendimento mais citados foram: “[...] doença ou tratamento de doença (48,2%) e cuidados de rotina, tais como: vacinação, prevenção, check-up médico ou acompanhamento com outro profissional de saúde (25,1%).” (PNS, 2019, p. 46).

Conquanto, a Constituição da República Federativa do Brasil (1998), prevê no Art. 196 que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (BRASIL, 1988). Segundo o Ministério da Saúde (2021), “[...] o SUS é o único sistema de saúde pública do mundo que atende mais de 190 milhões de pessoas - 80% delas dependem, exclusivamente, dos serviços públicos para qualquer atendimento de saúde.” (UNA-SUS, 2021).

Percebe-se que a partir dos dados apresentados o presente trabalho justifica-se pois intenta potencializar e elevar a qualidade dos atendimentos médicos com o uso da tecnologia, a telemedicina, em que disponibiliza informações mais detalhadas com os problemas de cada paciente, torna as consultas com os profissionais de saúde mais práticas, ágeis e flexíveis, bem como diminui o tempo de espera e o contato entre os indivíduos, a fim de reduzir os níveis de contaminação por doenças transmissíveis mantendo os cidadãos em segurança.

Público-Alvo

O público-alvo visa pacientes que utilizam os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aos quais abrange, em especial, idosos, pessoas que possuem comorbidades, mobilidade reduzida, habitantes de áreas rurais ou residentes de regiões longínquas dos grandes centros urbanos, postos de saúde e áreas hospitalares. Ademais, que necessitam de agendamento, acompanhamento, tratamento médico ou consultas que não requerem assistência presencial, sendo possível o atendimento remoto.